Descoberta do gene FOXP3 rende Prêmio Nobel de Medicina 2025 a trio de cientistas

O Prêmio Nobel de Medicina 2025 foi concedido aos pesquisadores Fred Ramsdell, Mary E. Brunkow e Shimon Sakaguchi, por uma descoberta que revolucionou a compreensão do sistema imunológico: o gene FOXP3, identificado como peça-chave na regulação da autoimunidade. A história da pesquisa começou em 2001, quando cientistas identificaram o FOXP3 a partir de famílias afetadas pela Síndrome IPEX — uma rara doença genética que …

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Prêmio Nobel de Medicina 2025 foi concedido aos pesquisadores Fred Ramsdell, Mary E. Brunkow e Shimon Sakaguchi, por uma descoberta que revolucionou a compreensão do sistema imunológico: o gene FOXP3, identificado como peça-chave na regulação da autoimunidade.

A história da pesquisa começou em 2001, quando cientistas identificaram o FOXP3 a partir de famílias afetadas pela Síndrome IPEX — uma rara doença genética que atinge principalmente meninos e causa múltiplas doenças autoimunes simultâneas, como diabetes tipo 1, hipotireoidismo, alterações gastrointestinais e de pele.

Segundo o médico geneticista Salmo Raskin, diretor científico da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), a descoberta teve impacto profundo na medicina moderna:

“Os estudiosos concluíram que a proteína produzida por este gene tem papel fundamental na regulação da autoimunidade periférica, que impede o sistema imunológico de atacar os próprios órgãos e causar danos ao corpo”, explica.

Por muito tempo, acreditava-se que as células imunológicas amadureciam apenas por meio da chamada tolerância imunológica central, processo que elimina células potencialmente perigosas. No entanto, o trabalho dos laureados demonstrou que o sistema é muito mais complexo.

“Os ganhadores do Nobel identificaram os guardiões do sistema imunológico — as células T reguladoras—, lançando as bases para um novo campo de pesquisa”, completa o Dr. Raskin.

Essas descobertas abriram caminho para novas abordagens terapêuticas, atualmente em avaliação em ensaios clínicos, com o objetivo de tratar doenças autoimunesaumentar a eficácia contra o câncer e reduzir complicações em transplantes de células-tronco.

O prêmio reconhece, portanto, um avanço que não apenas explica as origens da autoimunidade, mas tam

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