Brasil perde para Coreia do Norte na semifinal Sub-17 Feminino e encara disputa pelo 3º lugar

0
brasil-perde-para-coreia-do-norte-para-sub-17-feminino
Banner Publicitário

Na tarde de quinta-feira, o Estádio Príncipe Moulay Abdellah em Rabat foi palco de um dos momentos mais marcantes da história do futebol feminino brasileiro: a seleção Sub-17 atingiu, pela primeira vez, os quartos de final do Mundial, mas acabou sendo superada pelo time da Coreia do Norte, com um placar final de 0 a 2. O brasileiro, que havia enfrentado a pressão em todas as fases do torneio, agora deverá buscar a glória no duelo pelo terceiro lugar, contra o adversário que perdeu o outro quarto de final.

Principais Desenvolvimentos

Rumo ao título… A partida começou com grande pressa da Coreia do Norte. Dentro de dois minutos, Kyong Kim quase abriu o marcador, porém a jogada terminou em falta. No entanto, a iniciativa ofensiva da seleção norte‑coreana aumentou rapidamente, evidenciando a técnica refinada que as levou a conquistar três títulos mundiais.

No segundo minuto, uma belíssima finalização de Kaylane deixou a torcida brasileira animada, mas o chute desviou na zaga, mostrando a diferença de qualidade na marcação defensiva. O marcador do Brasil permaneceu em branco, mas a equipe exibiu uma postura ofensiva que culminou em várias oportunidades, incluindo cruzamentos e chutes no alvo.

Ao 14º minuto, o técnico J. de Andrade sofreu a primeira baixa, substituindo Gi Seppe por Dulce Maria, que logo demonstrou sua capacidade de criar jogadas e apoiar o ataque. Mas a partida passou a ser dominada pela Coreia do Norte, que rapidamente recuperou o controle do meio‑campo, forçando o Brasil a se posicionar defensivamente.

Na primeira metade, a goleira norte‑coreana Son Gyong, nas suas duas defesas principais, garantiu o avanço das asiáticas ao aproveitar chutes rasteiros e cabeceios. Adicionalmente, a seleção norte‑coreana marcou o primeiro gol no 41º minuto: após uma situação de mão que levou ao pênalti, Joong Hyang capitalizou, ampliando a vantagem para 1 a 0.

O segundo gol, marcado em um cruzamento potente no 46º minuto, foi ainda mais impactante. A equipe americana de Marrocos recebeu a bola de volta depois do intervalo e, em uma jogada de velocidade, Yu Jong Hyang disparou forte para o fundo da rede, selando o placar em 2 a 0.

Para o Brasil, o jogo teve momentos de brilho, especialmente de Kaylane e da atacante Evelin, que, apesar de não ter marcado, contribuiu com cruzamentos e pressionou a marcação adversária. No entanto, a ausência de uma assistência decisiva e a falta de controle na zaga expuseram as defesas e facilitaram as oportunidades norte‑coreanas.

Segundo a estatística, o Brasil teve 25 posse de bola no primeiro tempo, enquanto a Coreia do Norte controlou mais de 40% do jogo, refletindo a diferença de domínio em campo. Nos totais finais, o Brasil executou 8 chutes ao gol, todos fora da área; na Coreia, 12 chutes foram tentados, seis alcançando a área.

Na voz do treinador da seleção, J. de Andrade, “Não foi fácil enfrentar um time tão bem treinado. Porém, o mais importante é que nossa equipe chegou até aqui pela primeira vez e isso é motivo de orgulho. Agora, cabe a nós recuperar a confiança para o duelo pelo terceiro lugar.”

O que vem a seguir

Com o resultado em mãos, Brasil Sub-17 feminino vs Coreia do Norte, a seleção brasileira agora se prepara para a partida de classificação pelo terceiro lugar. De acordo com o calendário, o jogo acontecerá no sábado, dia 8, às 12h30 (horário de Brasília), no Estádio Príncipe Moulay Abdellah, e enfrentará a equipe que perdeu na outra semifinal – esta será, provavelmente, a seleção da Alemanha, que foi eliminada pelo campeão do torneio em uma partida que terminou em vitória da equipe asiática.

Para o Brasil, o embate pelo bronze traz não apenas a possibilidade de se levar um título internacional, mas também de consolidar a competitividade de seus jogadores no cenário mundial. A experiência de jogo frente a times de calibre internacional é uma das principais razões pelas quais os programas de desenvolvimento juvenil recebem atenção maior; a exposição à pressão de partidas decisivas contribui para a maturação técnica e psicológica das atletas.

Além disso, a presença das brasileiras em Rabat já serviu como estímulo para jovens espalhadas pelo país que sonham com a carreira profissional. Estar em um campeonato ao estilo FIFA amplia a visibilidade de clubes, patrocinadores e oportunidades para as futuras profissionais, reforçando a legitimidade de se dedicar ao esporte, especialmente em contextos onde ainda há desvalorização da modalidade feminina.

No aspecto tático, a comissão técnica provavelmente buscará reforçar a marcação de pênalti, enquanto a orientação passa a centrar os duelos de cruzamento. Como a Coreia do Norte se mostrou dominante no ataque aéreo, a defesa brasileira deverá se organizar melhor no set-up defensivo, com atenção às linhas de cobertura.

Conclusão

Embora a derrota para a Coreia do Norte tenha sido um revés para a seleção brasileira sub‑17, a jornada já foi um marco histórico, evidenciando a qualidade crescente do futebol feminino no país. O próximo desafio, sem dúvida, será o duelo pelo terceiro lugar – uma oportunidade de virar a página e levar um título ao mundo, deixando um legado de determinação e progresso. Entre em contato conosco para uma consultoria personalizada com base nas suas necessidades específicas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *