Brasil faz backup na produção: sem medalhas no terceiro dia do Mundial de Taekwondo

Brasil finaliza terceiro dia do Mundial de Taekwondo 2025 sem medalhas, mesmo com atletas próximos ao pódio.

Principais Desenvolvimentos

Na manhã deste domingo (26 de outubro), a delegação brasileira no Mundial de Taekwondo 2025, sediado em Wixu, na China, não conseguiu coronar nenhum atleta, encerrando o terceiro dia da competição com a marca de zero medalhas.

No tatame, três brasileiros se apresentaram: o fluminense Matheus Gilliard no peso até 54 kg, o mineiro Ícaro Miguel no peso até 87 kg e a paulistana Thaisa de Souza na categoria até 73 kg. Embora tenham obtido vitórias promissoras nas fases iniciais, todos foram eliminados na pouca fronteira do bronze, sem disputa pelo terceiro lugar.

Matheus Gilliard conseguiu vencer o português Noah Garcia e o egípcio Moataz Abu Sree, antes de sucumbir na quarta–fase para o grego Aristeidis Psarros. O combate terminou em 3 a 3, mas a decisão recaiu a favor do atleta grego após um valor de 5–1 no ponto extra.

Ícaro Miguel, medalhista de prata na edição de 2019 em Manchester, manteve a qualidade de seu desempenho ao eliminar o indiano Rishabh Chaudhary e o russo Rafael Kamalov. Porém, na rubrica das quartas de final, o atleta ucraniano Artem Harbar não cediu espaço, levando o brasileiro para a zona fora dos pódios, de modo que não havia mais nenhum caminho aberto para o bronze.

Na categoria até 73 kg, Thaisa de Souza foi derrotada na primeira rodada pela iraniana Melika Vakili, que avançou para as semis e compõe a corrente de atletas que garantiu o ouro na faixa olímpica mais alta. A performance da atleta brasileira, embora elegante, não conseguiu atravessar a fase mais crítica.

Com a perda do bronze não garantido, o que havia sido promessa para alguns após os sagrados 2019 ajudou a acentuar a frustração de sócios, treinadores e do próprio Ministério das Esporte. A delegação férite, que pode contar com Júlia Nazário (até 46 kg), Raiany Fidelis (acima de 73 kg) e Henrique Marques (até 80 kg), terá de enfrentar a mesma pressão nos próximos dias de competição. A expectativa é que a equipe de elite utilize os resultados iniciados nesta fase para refinar a técnica e o modo de enfrentamento nos confrontos que ainda restam.

O que vem a seguir

A noite de segunda-feira (27 de outubro), o calendário do Mundial de Taekwondo 2025 volta a ganhar ritmo. Até quinta-feira (30 de outubro), restam cinco dias de competição que podem ainda gerar novidades para o Conselho Nacional de Taekwondo Brasil, que tem se debatido para reestruturar sua preparação. A seguir, vamos detalhar as principais questões que podem afetar o futuro dos atletas que permaneceram em serviço durante o Mundial.

• Revisões de treinamento: Após a experiência de Matheus e Ícaro, há um consenso de que a abordagem tática precisa ser ajustada para maximizar a capacidade de reação diante de combates de forma agressiva, especialmente contra adversários asiáticos, notoriamente agressivos.
• Nutrição e recuperação: Os médicos do grupo afirmam que as sessões de fisioterapia foram intensificadas, especialmente para os membros inferiores, a fim de garantir que os atletas possam lidar com o volume de golpes no curto período de tempo.
• Aspectos psicológicos: A equipe de psicólogos esportivos está em modo de ação, com sessões de visualização de situações de última chance, para que dados em tensão não resulte em falhas de concentração.
• Desenvolvimento de talentos: O Conselho das Oficinas de Desenvolvimento de Talentos do TAekwondo Brasil anunciou que haverá uma parceria interna entre o RANK Baça e a ESCOLA DE DESTAQUE de São Paulo, permitindo que jovens atletas coachem em dobras de cara.

Além disso, foi revelado pelo diretor técnico do Duque de Caxias, José de Souza, que o Brasil pode organizar uma visita de avaliação às instalações do Centro Internacional de Treino de Taekwondo na Coreia do Sul antes da final. Essa iniciativa visa avaliar a possibilidade de intercâmbio de treinamento para os atletas que ainda pretendem competir no nível mundial na próxima Olimpíada de Paris.

Em termos financeiros, a Federação Internacional de Taekwondo (WT) publicou um comunicado na manhã desta quinta que destaca a necessidade de mais investimentos em paralisação de programas regionais. O presidente Lee Yong-hwa começou a destinar recursos que aumentas de 20% no orçamento anual do Brasil para programas de base. Essa medida tem como objetivo garantir que as próximas gerações tenham acesso equitativo a oportunidades de treinamento de elite.

Para os estudantes internacionais que desejam se envolver com o tatame brasileiro, as universidades brasileiras têm até o final do ano já aberto o processo de transferência de créditos, com o objetivo de encontrar um caminho para a escola de Taekwondo Internacional que gera certificados adicionais. O Centro Internacional de Estudos em Línguas e Esporte já tem acordos firmados com escolas de Gyeonggi e a equipe está em contato com os estudantes que buscam alocar o programa em Brasília.

Além do interesse esportivo, a última série de notícias do mundo do Taekwondo destacou que o cidadão “extraterrestre” Samuel Soriano, que vive em Fiji, participará de um campeonato de “copa de visão” em que será a primeira pessoa a competir em federação continental da Oceanic Taekwondo Confederation com um braço artificial. Isso serve de inspiração para os atletas brasileiros que trazem equipamentos modernos como parte de sua técnica futurista.

No fechamento, o Brasil continua em busca de transformar seu desempenho na fase inicial do Mundial de Taekwondo 2025 em oportunidades de crescimento, sem visualizar desengajar das metas globais. A pressão permanece alta, mas os dados e os comentários de especialistas seguem indicando que o cronograma estratégico está em curso.

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