Brasil sub-17 cai em pênaltis pelo terceiro lugar no Mundial e termina em 4º: o fim de um sonho

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Brasil sub-17 cai em pênaltis pelo terceiro lugar no Mundial – Em uma partida que prometia ser decisiva, a seleção feminina sub-17 do Brasil enfrentou o México na disputa pelo terceiro colocado do Mundial Sub-17 do FIFA, realizada no Marrocos, e acabou perdendo nas cobranças de pênaltis, encerrando o torneio no quarto lugar – o melhor resultado da história.

Principais Desenvolvimentos

No sábado, 8 de novembro, a partida entre Brasil e México se estendeu ao tempo extra, com ambos os lados levando o embate até os acréscimos. O duelo começou equilibrado, mas no final do segundo tempo o Brasil abriu o placar: aos 33 minutos, Maria de Belo fez uma bela jogada pela esquerda, chegara até a linha de fundo e passou para Kaylane, que completou de primeira no fundo das redes. A vitória era apenas temporária, pois, com oito minutos de acréscimos, o México aproveitou a pressão sobre a defesa brasileira e, aos 50, o atacante Evelin marcou contra, quando sua cabeçada batia na goleira Ana Morganti. A goleira, ainda visivelmente abalada, acabou emocionada ao se desfazer da bola em seu próprio gol.

O empate em 1 a 1 no tempo normal deixou a discussão nas mãos das equipes na disputa de pênaltis. O Brasil teve a primeira oportunidade e Gaby conseguiu converter, mas só a segunda cobrança de México, comandada por Dulce Maria, saiu bem. A seleção brasileira, então, desperdiçou três cobranças subsequentes (Kaylane, Dany e, na última, mais um jogador que não entrou no pódio) enquanto o México acertava todas, finalizando 3 a 1 nas penalidades.

“Foi muito difícil ver a nossa equipe perder com tanta emoção. No fim, o México saiu bem e nós tivemos alguns momentos em que poderíamos mudar o jogo. Queríamos chegar ao pódio, mas hoje, no futuro, o que importa é o aprendizado”, disse a atacante que marcou contra, Evelin, nas palavras da jornalista da Agência Brasil.

Apesar da derrota, a seleção sub-17 brasileira permanece com o melhor resultado já obtido pelo País nessa competição. Desde a estreia do Brasil na Copa do Mundo Sub-17 em 2007, o clube já participou apenas de poucas finais, tendo chegado à segunda final em 2012 e à final em 2014, quando saiu vice‑campeã. Esse desempenho no Marrocos traz novas oportunidades de visibilidade para o futuro do futebol feminino nacional.

Análise estatística da partida demonstra que o Brasil teve 17 contestações, 12 remates, 8 chutes a gol, enquanto o México contabilizou 12 contestações, 10 remates e 5 chutes a gol. As equipes mantiveram forte presença na defesa, cada uma de sua própria metade do campo, mas a diferença nos pênaltis destacou o fator mental no fim do jogo.

O que vem a seguir

Para a equipe, a derrota agora abre caminho para a preparação de novos atletas que devem assumir as posições de destaque na próxima geração. O vice‑campeonato na seleção sub-20 e a recente vitória do Brasil na Copa do Mundo Sub-17 masculina em 2024 demonstram o potencial de talentos emergentes que podem se integrar ao quadro de base em 2026.

Conforme o presidente do Comitê de Futebol Feminino do Brasil, Renato Lima, a seleção terá tempo para analisar o desempenho do duelo, identificar pontos críticos do meio‑campo e trabalhar na tomada de decisões sob pressão: “Não se trata apenas de treinar os dribles e as cobranças. É sobre o cérebro tático – saber quem fica na frente, quando recuar e como manter o foco nas situações de alta tensão.”

Para os atletas que se formam nas escolas, universidades e clubes, o resultado também traz um importante aviso sobre a necessidade de investir em programas de mentalidade esportiva e psicologia do esporte. Os jovens que estão ingressando em estágios de treinamento em escolas de base devem estar cientes de que “a técnica e a inteligência física são fundamentais, mas o controle emocional pode ser a diferença entre vencer e perder em momentos decisivos.”

O futebol brasileiro continua investindo em academias de base. Em várias cidades, clubes do futebol masculino e feminino estão implementando programas de mentoria, psicólogos esportivos e sessões de simulação de pênaltis que podem ser inspirados nas lições aprendidas nessa edição do Mundial Sub-17. O objetivo é criar talentos que sejam não apenas fisicamente aptos, mas psicológicamente resilientes.

Além disso, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) tem aumentado o foco em programas de desenvolvimento regional. Países como Marrocos e Portugal já demonstram iniciativas de base que prometem mudar a dinâmica das seleções a partir de 2026, quando o próximo mundial acontecerá. Assim, o Brasil sub-17, mesmo sem o pódio, permanece como um dos pilares de referência para o futebol feminino mundial, impulsionado pela experiência de atletas que ganharam a coroa nos mais altos níveis.

Para os torcedores e aficionados pelo esporte, a mensagem continua clara: a paixão pelo futebol não desaparece com a derrota. Em contrapartida, aumenta o compromisso com a preparação de futuras gerações. O que vem a seguir é a construção de um futuro onde as mulheres brasileiras possam correr por uma equipe que, cada vez mais, esteja a cargo de suas próprias decisões e de seu sucesso nas categorias de base.

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