Flavio Gomes aponta crise econômica do futebol brasileiro e analisa a influência das redes sociais na Fórmula 1
Flavio Gomes, nota na mídia esportiva e veterano da cobertura de futebol e automobilismo, abriu no DR com Demori para comentar a persistente crise econômica no futebol brasileiro e a crescente influência das redes sociais na Fórmula 1, trazendo dados e opiniões que reverberarão no cenário esportivo nacional.
Principais Desenvolvimentos
No programa, ancorado por Leandro Demori, Gomes apontou que o crise econômica no futebol tem sido “o fator decisivo” que afeta a qualidade de jogo e a capacidade de competir internacionalmente. Segundo ele, a diferença de recursos entre clubes brasileiros e europeus tem se ampliado: “o investimento médio em escala de jogadores sólidos em clubes europeus está 60% acima do que o nosso mercado pode suportar”, acrescenta.
Com referência a relatórios da CBF e do SciELO, Gomes cita que o total de salários pagos em clubes brasileiros em 2024 somou R$ 3,2 bilhões, um aumento de apenas 5% em relação a 2023. Em comparação, os clubes da Premier League e da Ligue 1 faturaram mais de € 8 bilhões em salários no mesmo período. O jornalista insistiu que “ a baixa arrecadação de direitos de transmissão e o aumento de dívidas de atletas intensificam essa disparidade.”
Para ilustrar o impacto, Gomes relembrou o caso do Athletico‑Paranaense, que em 2017 ingressou no crise econômica no futebol antes de anunciar a venda de seu principal atleta e a recusa de contratos de patrocinadores de longo prazo. “Esse descompasso tem gerado medo entre investidores que consideram o Brasil pouco estável, o que reduziu o número de empresas dispostas a apoiar projetos esportivos”, afirma.
Flavio Gomes também abordou a influência das redes sociais na Fórmula 1, citando que pilotos como Lewis Hamilton não apenas competem em circuitos, mas também cultivam uma forte presença online. “Pilotos hoje se tornam influenciadores. A marca não é apenas o veículo, mas o próprio atleta,” disse. Ele mencionou a parceria da F1 com a Meta (antiga Facebook) para criar o “F1 Fan Zone” no Meta Quest, mostrando um cruzamento entre tecnologia, marketing e esporte.
Gomes destacou que a F1 tem investido em content‑marketing, fornecendo “conteúdo exclusivo, lapsos de treino e entrevistas em formatos de curta duração” para criadores de conteúdo em plataformas como TikTok, YouTube Shorts e Instagram Reels. Essa estratégia não apenas amplifica o alcance, mas também cria novas fontes de receita para os patrocinadores.
Em relação ao futebol, o jornalista apontou que, apesar das rupturas, o esporte ainda importa para o cenário esportivo brasileiro. “O futebol é a alma do país e a plateia exige qualidade esportiva, mas nossos clubes ainda lutam para oferecer recursos competitivos. Se não houver uma reestruturação de modelos de negócio, a qualidade vai continuar caindo.”
O que vem a seguir
Flavio Gomes prognostica que, diante do panorama, cabem mudanças estruturais. Ele projeta a adoção de um modelo de “equity-based sponsorship” nos clubes, onde patrocinadores investem em patentes de atletas, recebendo direitos de negociação de transferências. Segundo o jornalista, “isso aumentaria a atratividade financeira e reduziria o risco para investidores.”
Além disso, ele alerta os consumidores e investidores para as oportunidades de migração de briefing e análise de dados que a F1 trazia para o apoio a clubes de futebol. “É preciso explorar quem coleta e gere métricas e cobrindo aqueles que analisam desempenho em tempo real,” ele acrescenta.
Para a indústria de turismo esportivo, o foco se altaneira na atração de fãs internacionais, mediante o diálogo entre governos e clubes, que visam a organizar eventos exóticos e experiências “vs stadium” em locais menos explorados do país. Gomes observa que “a combinação de turismo, marketing digital e esportes pode criar um novo valor agregado que compense a lacuna de recursos financeiros.”
Gomes conclui que a roda de diálogo entre patrocinadores, patrocinados e fãs deve reiniciar, com promessas de transparência e investimento em esportes. “Estamos na interseção de crise e inovação. O futuro oferece oportunidades se nos prepararmos para atender às demandas dos novos mercados digitais e de mobilidade.”
Conclusão
Enquanto o crise econômica no futebol continua a influenciar descidas de atletas e a queda de investimento brasileiro, os avanços no marketing digital da Fórmula 1 sinalizam um caminho na convergência de esporte e tecnologia. A chave, segundo Flavio Gomes, é a inovação e reestruturação de modelos de negócio, que podem levar o futebol brasileiro a uma nova era de competitividade e sustentabilidade.
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