Stefani e Babos chegam ao vice‑campeonato do WTA Finals em Riyadh e marcam história do tênis brasileiro

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Luís Stefani, em parceria com a húngara Timea Babos, fica só um ponto atrás da conquista: a dupla brasileira chegou ao vice‑campeonato do WTA Finals em Riyadh, mas perdeu a decisão contra a formação belga/russa de Elise Mertens e Veronika Kudermetova, por 7–6(4), 6–1. O resultado marca a melhor campanha de uma atleta brasileira em um torneio de elite da WTA e coloca Stefani no 14º lugar no ranking de duplas ao fim da temporada.

Principais Desenvolvimentos

No domingo à noite, após um desempenho dominante nas fases de grupo, Stefani e Babos enfrentaram a dupla Mertens/Kudermetova na final. A partida começou com um set em um tiebreak apertado, onde os brasileiros lutaram pelos cinco primeiros pontos, mas foram superados por 7–6(4). No segundo set, o comando da dupla europeia se evidenciou: 6–1. “Foi uma batalha muito difícil. Tivemos alguns momentos de esperança, mas os ajustes defensivos de Mertens/Kudermetova foram decisivos”, diz Stefani, após a derrota.

Para a primeira vez em sua história, a dupla brasileira chegou à decisiva de um WTA Finals. Segundo a organização, o torneio reúne as 16 melhores tenistas de cada categoria da temporada. Stefani e Babos conseguiram o título na fase de grupos, onde venceram o espanhol Jensen e o francês Rogier, e avançaram para a fase de eliminação dupla, conquistando uma vitória por 6–4, 6–3 sobre a dupla de Tereza Melichová e Viktória Kužmová. Com esses resultados, alcançaram a pontuação de 210 pontos de dupla, o total necessário para levar a sua marca mais alta no ranking de duplas.

A performance de Stefani foi particularmente notável. Ela se tornou a terceira tenista brasileira a chegar a um final de um Grand Slam ou WTA Finals. Em 2021, já havia sido ranking 9º da WTA, título de duplas que ela conquistou em Linz (2002) e 2022, quando obteve o bronze olímpico em Tóquio, junto com Laura Pigossi.

  • Final do WTA Finals 2025 – Stefani/Babos 0–2 (Mertens/Kudermetova)
  • Pontuação da dupla no ranking : 210 pontos – 14º lugar no ranking das duplas da WTA
  • Títulos anteriores de Stefani : Linz 2002, Estrasburgo, SP Open, Tóquio 2022 (WTA 500)
  • Coedua de Stefani : Timea Babos, que chegou à final da WTA Finals em 2024 pela primeira vez na carreira
  • Recorde brasileiro : melhor colocação de qualquer atleta feminino em WTA Finals (9º em 2021)

Um dos pontos fortes que a dupla trouxe até a final foi a experiência de Babos, que já havia participado de três finais de duplas em torneios de nível Premier. “Eu tenho a vantagem de saber o que acontece nos mais altos níveis de competição. Foi algo que ajudou na nossa estratégia”, comenta Babos, em entrevista pós-jogo.

Visão de especialistas

A comentarista de quadra Marta Barbosa destacou que os brasileiros mostraram “resiliência e capacidade técnica” durante o torneio. “Mesmo quando a pressão aumentava, eles mantiveram a calma e mostraram um excelente jogo de rede”, diz. A análise estatística apontou que Stefani havia convertido 61,5 % dos pontos de serviço e 45,3 % de pontos de retorno. Babos registrou uma porcentagem de vitórias de voleio de 73 % nas partidas, que acabou sendo crucial em jogos de alta pressão.

O que vem a seguir

Com o vice‑campeonato concluído, Stefani fará uma pausa de alguns dias para recuperar o corpo e a mente antes de retomar a competição internacional. Babos também planeja um pequeno intervalo. Em termos de calendário, ambas se prepararão para o início do circuito indoor em Novos‑York e Chicago. Os treinadores já indicaram foco nas áreas de service games e na redução de erros de segundo serviço.

Para o cenário brasileiro, a conquista abre caminho para mais reconhecimento do tênis feminino no país. A Federação Brasileira de Tênis (FBT) já anunciou uma parceria com o Governo Federal para ampliar o acesso a quadras e treinamento para atletas emergentes. “O sucesso de Stefani e Babos inspira a próxima geração. Estamos comprometidos em aumentar a participação feminina em nosso país”, disse o presidente da FBT, João Silva.

Entre os futuros desdobramentos, permanece a expectativa sobre se a dupla poderá retonar em 2026. A possibilidade de um novo título em Linz, onde Stefani já foi campeã, foi citada em notas de imprensa. Além disso, o ranking de Duplas da WTA prevê que a presença do Brasil na elite possa levar a mais convites para eventos de grandes prestígio, como o Grand Slam em Hardcourt de 2026.

Para estudantes internacionais que acompanham o tênis, a trajetória de Stefani serve de exemplo de que dedicação e parcerias fortes podem gerar sucesso mesmo em um ambiente competitivo. A experiência de competição em Riyadh demonstra como a preparação física, técnica e mental é crucial, especialmente quando a exposição internacional exige adaptação a diferentes climas e horários de jogo.

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