AGAFUC conquista octacampeonato brasileiro de futebol de cegos em pênaltis contra o Corinthians

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AGAFUC conquista octacampeonato brasileiro de futebol de cegos em pênaltis contra o Corinthians

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Na última sexta-feira, 12 de setembro, a Associação Gaúcha de Futsal para Cegos (AGAFUC) coroou seu oitavo título nacional ao vencer o Corinthians-SP nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. A partida, realizada no Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo, traz teve médiadas de escalação, transição de estratégias e reviravoltas típicas de um duelo de alto nível em que o controle de campo se dá pelo toque e pela percepção tátil.

Principais Desenvolvimentos

O jogo começou com o grupo gaúcho mostrando controle nas jogadas de distribuição, mas infelizmente não conseguiu converter a maioria dos chutes, enquanto o Corinthians domina a posse durante os primeiros minutos. No entanto, a produção de canto e a defesa organizada do AGAFUC garantiram um empate de 1 a 1, quando Ricardinho, estrategicamente posicionado na linha de zona, marcou o gol decisivo com um jogada de cruzamento executado pelo pênalti que ficou marcado pela precisão e pela calma do atacante.

Ao chegar à prorrogação, as duas equipes foram para a fase de pênaltis. O técnico Rafael Astrada, em entrevista coletiva pós-jogo, descreveu o processo como “completo de nervosismo, mas também de confiança.” Ele ressaltou que, apesar do peso de pressionar para manter o título, a equipe se manteve focada e tecnicamente preparada para o momento decisivo. A primeira cobrança, feita por Alex, resultou em gol tanto para o AGAFUC quanto para o Corinthians, mantendo a igualdade.

  • 4 cobranças de pênaltis por equipe
  • 2 gols convertidos pelo AGAFUC
  • 1 gol convertido pelo Corinthians
  • Time perfeito: ataque e defesa equilibrados nas duas metades

Essas estatísticas demonstram a adjacência entre as equipes e mostram à contemporaneidade de futebol de cegos na década de 2020, em que a fidelidade de leitura do jogo é especialmente definida por índices de comunicação não verbal e o rastreamento vestível.

Para o AGAFUC, o título representa três conquistas consecutivas (2023, 2024, 2025) e a oitava em toda a sua história, posicionando o clube como a equipe mais bem-sucedida da competição. A trajetória do clube se estende desde 2015, quando a primeira vitória de AGAFUC marcou o início de uma relé de títulos intercalados com anos de ausência, sobretudo em 2020, quando a pandemia parou a competição.

“Começamos perdendo, mas conseguimos buscar o empate e vencer nos pênaltis,” disse o capitão da equipe, Ricardo “Ricardinho” Ferreira, que também marcou o gol. Complementando, o técnico, Rafael Astrada, destacou que a qualidade de jogar em ambiente de baixa visibilidade gera raciocínio mais rápido, e o time mostrou consistência ao longo do campeonato: em 2017, 2018 e 2019 a equipe mantinha sua força de ataque enquanto equilibrava a proteção defensiva.

O que vem a seguir

Com o título, o AGAFUC perfaz a oportunidade de participar do Troféu Guaricima e do Torneio de Belo Horizonte 2026, que serão palco para as equipes brasileiras de futebol de cegos se confrontar com competidores internacionais. Em 2027, o AGAFUC também será um candidato à Copa do Mundo de Futebol de Cegos, organização talhada para a elite de perseguição global.

Embora a conquista seja jubileia, a expectativa para a próxima temporada está em alta. O clube já está discutindo reforços estratégicos, especialmente para o ataque: contratações de jogadores com habilidades de leitura de jogo e “toque de bola” de alta velocidade têm sido o foco das conversas. O GM de Desportos, Carlos Maia, revelou que já teve contato com atletas de elite que integraram anteriormente o Estado Novo do Atletismo em Pará. Assim, o contraste entre o institucional e o mercador revoluciona as polêmicas de cadastro de futebol de cegos na classificação brasileira.

Para o próprio time, a preparação envolve treinamentos de simulação de cenários de pênaltis, sessões de psicologia esportiva e aprimoramento da vibração tátil integrada ao sistema de áudio. Em treinamento, os atletas há uma meta de 90% de precisão nos golpes de pênaltis para reforçar a confiança em situações de pressão.

Para a federação brasileira, a oitava vitória do AGAFUC reforça a necessidade de programas de desenvolvimento juvenil e apoio institucional. A atual proposta de lei de inclusão esportiva prevê aumentos de financiamento em 20% para a criação de campos acessíveis, o que pode levar a melhorias em infraestrutura dentro do Centro de Treinamento Paralímpico, beneficiando atletas com deficiência visual em todo o país.

Conclusão

A vitória do AGAFUC reitera a ascensão do futebol de cegos como um vetor de inclusão e bem-estar, reforçando nosso papel em promover oportunidades persistentes para atletas microdimensionados. O teste de talento não se reduz à visão, mas como demonstra a partida, à vontade, à velocidade de reação e à solidariedade entre jogadores.

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